Importante para tornar as empresas bem sucedidas e valorizadas perante o mercado e os profissionais, a liderança estratégica é a atuação polivalente do gestor que garante tanto resultados imediatos quanto a sustentabilidade do negócio.

A importância deste modelo vem da realidade competitiva em que a adaptação e a criação de valor são pontos determinantes para a relevância e conquista de espaço no mercado.

A partir deste artigo será possível conhecer as características deste estilo de gestão, bem como entender como atuar de acordo com as diretrizes dele.

O que é liderança estratégica?

É a atuação do líder que promove autonomia aos colaboradores ao permitir que tomem decisões diárias mediante a adesão de uma cultura empresarial forte, refletindo positivamente na experiência de consumo do cliente.

Com ela a empresa mantém relevância atual e futura, pois garante operações diárias satisfatórias por meio dos funcionários enquanto a alta liderança se volta para as questões estratégicas e financeiras de maneira articulada.

liderança estratégica

Quais os outros tipos de liderança?

Existem dois estilos de liderança tradicional: gerencial e visionária. A liderança estratégica, por sua vez, se caracteriza não somente pela união, como no aprimoramentos das atuações clássicas.

Liderança Gerencial

A mais comum entre as organizações é a liderança gerencial em que o pragmatismo e as decisões são centradas em resolver pontos específicos a partir de postura conservadora.

A falha dele está na falta de perspectiva a longo prazo da empresa, pois ao ser pontual nas escolhas perde a visão abrangente e também as oportunidades de mercado que mudam o curso das empresas.

Isso porque as metas estão focadas em atestar o passado e priorizam a diminuição de custos ao invés de buscar novas conquistas do ponto de vista de posicionamento.

Sistemático, a linha de pensamento da liderança gerencial é linear e gosta de ter a responsabilidade sob suas mãos, estando a par das operações diárias.

Enraizado no status da liderança, a troca de ideias do profissional que segue esta linha é feita de acordo com o cargo ocupado pelos demais profissionais, sobre os quais tem influência.

Incentiva o conhecimento explícito (por canais tradicionais de aprendizagem como livros, artigos, cursos) e também o trabalho colaborativo para o desenvolvimento de estratégias.

Liderança Visionária

Já a liderança visionária, disruptiva e altamente voltada à estratégia da inovação, peca por se desconectar das terrenas situações empresariais por estar comprometida com o que acredita ter de ser desenvolvido.

Este perfil valoriza ideias na criação de novas soluções, tendo o tipo de pensamento não linear. É interativo e compreensivo com alta capacidade de persuasão.

Tende para o alto risco e possui características multifuncionais, além de integrar os colaboradores, uma vez que acredita no conhecimento tácito (aprendido a partir de experiências).

Contudo há qualidades fundamentais nos dois estilos que são preservados na liderança estratégica, ainda que as desvantagens de cada abordagem esteja clara.

A assertividade da liderança gerencial e a criatividade e inovação da visionária são características fundamentais para as corporações.

Como funciona a liderança estratégica?

Para que a liderança estratégica funcione efetivamente é preciso haver consenso entre todos os níveis hierárquicos da corporação sobre o entendimento da estratégia e cultura empresarial, que surgem a partir do planejamento estratégico.

Durante a execução estratégica o líder está atento ao desempenho e resultados das ações de maneira a perceber possíveis situações de melhoria — as analisa sob diversas perspectivas — e então fazer ajustes estratégicos.

Aqui fica evidente a flexibilidade da liderança estratégica, que é fomentada a partir da abertura para o erro e análise multidisciplinar sobre o que precisa ser verificado.

No entanto, nas empresas em que esta não é a realidade estabelecida alguns passos são indicados para sustentar a mudança cultural e de postura para obter as atuações profissionais pretendidas.

A partir da definição do posicionamento e dos valores defendidos pela empresa é possível criar um programa de desenvolvimento interno.

Nele a empresa deve capacitar lideranças, a fim de dar as ferramentas e desenvolver competências que fortaleçam os profissionais e, por consequência, a assertividade de ações e decisões cotianas, tornando a corporação mais consistente.

Estruturar o processo em recursos, etapas e habilidades forma o escopo necessário para capacitar os funcionários, mostrando o benefício gerado para todas as etapas da cadeia, oferecendo experiências positivas, tanto de compra quanto profissionais.

E após a efetivação das fases é importante manter o monitoramento para realizar feedbacks que proporcionem desenvolvimento contínuo a esses profissionais que também são promotores do aprimoramento das equipes.

Assim a liderança estratégica consegue orientar a realidade das empresas para os resultados, em que os funcionários tomam decisões pró-ativas e atuam de forma a promover a sustabilidade financeira atual da empresa.

Em ação simultânea há a estratégia de inovação em que erros são tolerados e interpretados como meios e aprendizado e aprimoramento na busca por novas e melhores soluções e caminhos para o futuro da empresa, em que análise financeira existe, mas não prevalece sobre a estratégica.

A produtividade e consistência empresariais são conquistas possíveis deste modelo: as diferentes camadas da empresa estão empoderadas e alinhadas sob um mesmo objetivo, além da empresa não ser dependente do líder da alta gestão, mas este ser um articulador e facilitador que promove a sustentabilidade estratégica.

Quais as características do líder estratégico?

Um estudo publicado da Harvard Business Review em 2013 teve como amostragem mais de 20 mil executivos para levantar quais as características necessárias à liderança estratégica.

No artigo é enfatizado que a presença de algumas características não substituem as que são ausentes, fazendo com que seja necessário ao profissional o desenvolvimento das que lhe faltam para ser um líder estratégico completo, munido de todas as ferramentas para atingir os objetivos da organização.

Conheça quais são e as razões que justificam a importância de cada uma delas abaixo.

Prever

A dinâmica do mercado obriga os gestores estratégicos a se manterem a par em tempo real com os acontecimento que o influenciam.

Utilizar diversas fontes de informação como eventos e congressos (do setor e correlacionados), pesquisas (publicadas ou contratadas) e manter ativada a rede de networking — parceiros, clientes e fornecedores — é fundamental para evitar surpresas, antecipar situações e tomar providências.

O monitoramento da concorrência, principalmente em casos de destaque em crescimento, e também dos clientes perdidos, ao entender as razões, também são primordiais para manter o termômetro e diagnóstico corretos sobre o contexto do mercado e o interno.

Questionar

Perspectivas distintas põem a prova as decisões tomadas ou em discussão. O enriquecimento do debate e a humildade de reconhecer e implantar ideias melhores do que a do próprio líder são fundamentais para que os resultados da empresa sejam atingidos.

Para tanto, durante as reuniões, é preciso integrar perfis profissionais (e não somente setoriais) diferentes, com destaque ao questionador que pode se tornar um avaliador sazonal para analisar e questionar as escolhas da própria empresa.

O feedback interno sobre as decisões tomadas para entender a influência que exerceram nas diferentes realidades das operações, bem como ponderar repetidamente o porquê de cada escolha são atitudes que favorecem o questionamento.

Interpretar

Ao colocar em prática as duas habilidades anteriores é necessário separar o que é relevante do que não é, bem como saber o que fazer com as informações úteis, fazendo da interpretação um dos requisitos da liderança estratégica.

Intercalar a visão macro com a micro, bem como sustentar afirmações com indicadores, dados complementares e investigar possíveis razões para as afirmações podem trazer insights e lucidez para as escolhas.

Sair no ambiente com pressão e ponderar as opções em clima neutro é outro exercício que pode favorecer a interpretação.

Decidir

E então chega a hora de bater o martelo. Diariamente — sob pressão ou com maior tempo para análise — a decisão é tarefa constante de qualquer gestão.

Na liderança estratégica, no entanto, a diferença está nas boas práticas que visam mitigar a impulsividade ou negligência frente a necessidade de escolha.

Testar hipóteses antes de assumir projetos inteiros, por exemplo, mostra que validar as opções é o melhor caminho para diminuir riscos, assim como fracionar grandes tomadas de decisões.

Instigue mais opções do que somente as apresentadas (e utilize as habilidades de interpretar e questionar), ao incentivar a equipe boas soluções que nem existiriam tem condições de surgir.

Entender que a projeção é fator determinante para as decisões, o que faz dos critérios para medidas de curto prazo não serem os mesmos para o de longo prazo.

Não deixe as convicções de lado e ao decidir, delegue a ação para profissionais os profissionais que mais têm condições de contribuir para o sucesso dela.

Alinhar

A capacidade de fazer com que todos os membros tenham o mesmo entendimento sobre determinado assunto é trabalho tão difícil quanto necessário.

A partir do alinhamento o poder de articulação e persuasão são fortemente favorecidos, ao passo que esclarece ruídos e mitiga resistências que, na maioria das vezes, acontecem por falta de comunicação.

Portanto o contato constante e de forma clara — todas as precauções para evitar equívocos — com os diferentes profissionais e setores envolvidos é indispensável a fim de não isolar nenhuma área e promover o sentimento de pertença e compartilhamento das decisões.

Contudo, mesmo com todas as boas práticas em execução haverá obstáculos que precisam ser identificados e solucionados a partir de esforços de articulação e negociação, além de constante monitoramento mesmo após possível entendimento.

Quando o entrave se der com profissionais específicos a conversa direta aliada as demais habilidades da liderança estratégica devem fazer a diferença para o encontro de um consenso.

Aprender

Todas as ações, principalmente as não tão bem sucedidas, são fontes de conhecimento para a liderança estratégica que se encarrega de valorizar cada insight possível para se aproximar de ações e soluções assertivas.

A cultura empresarial tem papel determinante para que a aprendizagem seja um valor praticado no dia a dia das operações.

Os colaboradores precisam ser estimulados e reconhecidos dos esforços que realizam para trazer inovações e diferenciais para a empresa, ainda que o resultado não tenha chegado ao ápice.

As lições absorvidas pela gestão como desenvolvimento devem ficar sob o conhecimento de todos os membros, bem como as razões das escolhas de implementação ou não para que sejam incentivados a aprimorar.

Valorizar as atuações e iniciativas de quem exerce os valores corporativos, que trazem contribuições e questionamentos ricos para as discussões, também são ações básicas a fim de ter insumos com os quais a liderança estratégica consiga trabalhar inovação e melhorias contínuas.

Como ser um líder estratégico?

Aderir a liderança estratégica para a atuação profissional é o caminho de quem pretende se destacar no mercado com resultados e valorização da empresa acima da média.

Ainda que as habilidades necessárias para bem executar este modelo de gestão sejam muitas, elas são possíveis de serem trabalhadas e dominadas.

Programas de capacitação especializados em gestão estratégica são ótimas fontes de conhecimento para trabalhar as competências necessárias em tempo e qualidade satisfatórios.

Metodologias específicas também beneficiam este estilo de liderança, como é o caso do balanced scorecard por meio da principal ferramenta de implantação que é o mapa estratégico.

No entanto, dentre as opções disponíveis no mercado, atente-se à experiência dos profissionais docentes, tanto em tempo quanto em tipos e porte de empresas na qual atuaram ou prestaram serviços, pois o know-how de quem executou ativamente a gestão estratégica agrega muito a estas opções de capacitação.

A praticidade de ingressar nos módulos de forma assertiva sem precisar por uma extensa grade e os temas abordados em cada um deles também são pontos de atenção.

Aqui foi possível entender as características e as possibilidades de aprendizado sobre a liderança estratégica, agora basta não perder o foco e manter-se obstinado a liderar o curso da sua carreira!

Para saber mais sobre a metodologia balanced scorecard e como implantá-la, clique aqui ou assine a nossa newsletter e receba mais artigos sobre gestão estratégica e ferramentas de administração!


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