Neste artigo você vai aprender os três passos para desenvolver bons indicadores estratégicos e ter sucesso e consolidação da metodologia Balanced Scorecard.

Para converter em prática a teoria do método Balanced Scorecard é preciso ter olhar crítico e atento no gerenciamento de iniciativas, para que traga informações úteis, a fim de embasar decisões assertivas e relevantes para a conquista da visão corporativa.

Assim, como é comum a toda gestão estratégica de sucesso, a coleta de informações é ponto central para que avaliações se tornem possíveis e mais assertivas.

Indicadores estratégicos escolhidos corretamente mostram onde as lideranças devem concentrar a atenção e realizar ações corretivas, a fim de ajustar o desempenho às expectativas.

Neste post você entende as armadilhas dessa importante tomada de decisão, além de ter acesso aos três passos que otimizam o processo de escolha.

Competências para a tomada de decisão

Dados que fundamentam o futuro da empresa precisam ser escolhidos com a devida responsabilidade, o que demanda profissionais com conhecimento aprofundado do negócio, uma vez que esta é uma característica inquestionável para selecionar indicadores.

Só o envolvimento dos profissionais garante que tenham a compreensão sobre a interação entre as diferentes áreas e o entendimento para identificar os fatores responsáveis por resultados. Assim, os envolvidos conseguem ter visão ampla da empresa, podendo optar por métricas que se alinhem à estratégia, o que gera a abordagem sistemática que o BSC exige.

Cuidado com as armadilhas!

Existem alguns erros comuns durante a etapa de definição da estratégia e planejamento. Entre eles está o fato de muitas empresas focarem de forma desproporcional em indicadores financeiros, limitando a interpretação e a contribuição das outras perspectivas.

Há também a questão da não existência de algumas informações, o que pode parecer uma barreira. Contudo, primeiramente deve-se ter a preocupação de identificar quais são as informações necessárias, a forma de coleta é discussão para um segundo momento.

Por fim e desdobramento da circunstância anterior, outra armadilha é a de utilizar apenas informações operacionais pré-existentes, com tendência a serem de fácil monitoramento, ou seja, costumam ser de baixo nível operacional, o que faz com que tenham pouco impacto e relevância para a visão sistêmica.

Ao saber do que fugir, seguem dicas que ajudarão a identificar os pontos de atenção para a correta implementação do Balanced Scorecard.

indicadores estratégicos

Premissas para indicadores estratégicos

Os responsáveis em delinear o Balanced Scorecard da companhia devem se valer do conhecimento aprofundado de quem trabalha diariamente com os processos.

No entanto, os líderes devem ter a habilidade de incentivar nesses colaboradores especialistas a visão sistêmica, de forma que possam contribuir com a estratégia ao invés de focarem em detalhes dos procedimentos que realizam todos os dias.

A partir de tal ação se busca perspectivas que somente quem conhece a realidade e os detalhes pode partilhar, deparando-se com possíveis questões que, até então, eram desconhecidas mas com forte potencial de contribuição com o cumprimento da estratégia. Esta avaliação mais aprofundada dá espaço para os três passos de definição de indicadores, são eles: fatores-críticos, desenvolvimento de indicadores, seleção de indicadores.

Mas, novamente, vale ressaltar que o importante é a visão sistêmica e não enfatizar apenas a excelência operacional. Este último deve estar presente no mapa estratégico dos setores específicos, mas não apresentado ao gestor estratégico se não tiver ligação direta com a estratégia.

Passo 1: Identificar fatores-críticos

Fatores-críticos (FCs) são os pontos cruciais para o sucesso de cada objetivo, sendo que um objetivo pode ter mais de um fator-crítico. Ao saber quais são eles, é determinante definir indicadores que mensurem o desempenho de cada um deles.

Para passar para a próxima fase da definição é importante, ainda, reconhecer comportamentos que motivam tais FCs.

Passo 2: Desenvolver indicadores

A segunda etapa é desenvolver potenciais indicadores que proporcionem avaliar o desempenho dos fatores-críticos de maneira clara, proporcionando panorama geral do status do objetivo a ser concluído.

Ao entender quais são os indicadores, passa-se para a fase de triagem, uma vez que dados demais acabam por mitigar a proposta de objetividade do Balanced Scorecard.

Passo 3: Selecionar os indicadores

Nesta última etapa é necessário avaliar a real relevância de cada indicador para, assim, optar pelos que exercem influência primordial. Evitar redundâncias e comportamentos inseguros é preocupação a ser debatida neste passo.

Para tanto é preciso colocar as opções à prova, seja buscando histórico de tais informações (se houver banco de dados), e avaliar as respostas e interpretações possíveis que cada uma delas fornece.

No caso de duas opções se mostrarem boas o suficiente é possível mantê-las, optando ou não por excluir após a implantação das iniciativas visando a relevância para o gestor estratégico.

Para exemplificar, em uma pizzaria com o objetivo de melhorar o atendimento, seria possível optar pelo indicador “Tempo de entrega” (que poderia estimular imprudências no trânsito), assim como há a opção das métricas de “Reclamação de erro na entrega” e “Devolução de produtos com erro”.

Neste caso, o melhor indicador seria o de reclamação, uma vez que abrange os produtos devolvidos, mas com o acréscimo do feedback (reclamação), o que proporciona maior capacidade de resposta da empresa, pois identifica a visão do cliente, podendo modificar o que tem real valor para ele.

Com isso, pode-se entender o processo cuidadoso pelo qual definir indicadores estratégicos passa. Ao seguir os passos e tomar decisões embasadas em fatos e análises, há muito mais chances da metodologia BSC ser implementada de forma satisfatória, trazendo conquistas notáveis as mais diferentes organizações.

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