O presente de constantes mudanças exige que o líder do futuro tenha competências diferenciadas, bem como equilíbrio emocional para gerir pessoas e organizações com efetividade!

A pressão, que já é característica para posições de alta liderança, ganha ainda mais destaque no papel do líder do futuro devido ao contexto em que ele está inserido.

A hiperconexão ressignificou o relacionamento com os clientes e, por consequência, as expectativas deles sobre a empresa. E, longe de aderir ao desespero que o mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) pode provocar, é preciso manter equilíbrio emocional e apontar o norte para todos os setores e profissionais a quem lidera.

Para tanto, a cultura da empresa precisa consolidar valores e comportamentos que deem à organização possibilidades de se manter à frente no mercado.

As pessoas que encabeçam as decisões empresariais, mais do que nunca, não podem estar sozinhas, mas devem fomentar um ambiente fértil de criações constantes a partir da integração entre as diferentes áreas e níveis de relacionamento (interno e externo).

Visto o nível de expectativa e demandas a serem atendidas pelo cargo, entenda a seguir os pontos fundamentais que não podem ser negligenciados e como conseguir absorver e desenvolver habilidades demandadas por essa nova realidade.

Integrar para otimizar as entregas

O ditado de que duas mentes juntas trabalham melhor que uma isolada é fonte primordial da nova dinâmica de trabalho que deve ir muito além dos setores, promovendo cooperação sistemática e diária entre profissionais de áreas distintas.

A diversidade de perfis enriquece as análises e a concepção de soluções, pois essas se tornam mais abrangentes quando há olhares atentos para necessidades e expectativas sob diferentes perspectivas.

E há desafios neste contexto. Gerir a diferença de personalidades pela resolução de conflitos de forma a atenuar progressivamente a resistência e possível tensão, é tarefa crítica que os gestores precisam resolver para que os benefícios citados acima se tornem realidade.

E a forma de se atingir este objetivo começa com a própria postura, o líder do futuro precisa desmistificar sua postura do passado e se colocar mais próximo, participativo e à disposição dos integrantes de sua equipe.

A vaidade não tem espaço em um cenário em que nem mesmo o alto escalão da empresa tem as respostas que garantam o sucesso. É preciso construí-las em conjunto.

Propósito forte gera resultados

A sociedade, como um todo, já não tolera discursos vazios, o que significa que não há horizonte para as organizações que não colocarem em prática a missão e a visão com as quais se comprometeram.

O ser e o dever se fundiram para promover atuações com propósito. As atribuições profissionais precisam estar vinculadas aos valores e interesses pessoais para dar vida à marca e gerar valor para o público. Agregar significado a todas as camadas de relacionamento e operação é fator determinante para a qualidade da entrega.

Neste processo, o líder precisa se manter firme e sua postura deverá ser compatível com a organização a qual lidera a partir de ações que reafirmem isso diariamente. Assim, garante solidez para inspirar e estabelecer objetivos comuns, tornando possível as transformações necessárias para atingir os objetivos estratégicos da organização.

Coach, o foco no desenvolvimento do time

Consequência do propósito, cada profissional tem o desejo de se aprimorar e esta necessidade também é uma preocupação do líder do futuro que presta atenção em seus liderados a fim de contribuir com o desenvolvimento de cada um dele, agindo como um mentor.

A partir de feedbacks de ambas as partes, pois o gestor tem de ser aberto a ouvir e também assumir e trabalhar os próprios pontos de melhoria, se cria um ambiente de empatia, aberto para questionamentos e sugestões.

A partir daí se consegue ter visão ampla do perfil dos profissionais a quem coordena, podendo desenvolver novas lideranças, encorajar a buscar novas fontes de conhecimento para potencializar talentos.

Mindset somado à cultura da inovação

A tolerância ao erro precisa ser difundida. Falhar passa a não ser mais encarado como fracasso, mas como etapa da construção no novo na lógica da liderança criativa.

A cultura da inovação exige um ambiente que estimule boas ideias para que deem origem a projetos, se transformem em protótipos e possam passar por testes que validem alguns atributos, vete outros que não se aplicam e possibilite a exploração dos que não haviam sido mapeados anteriormente.

Todo este ciclo de criação precisa ser estruturado de forma organizada em recursos, atividades e parcerias estratégicas para manter a empresa sempre um passo à frente.

Uma vez que antigos modelos e respostas já não garantem resultados, é preciso que cada corporação encontre o próprio caminho de sucesso, reestruturando os procedimentos e as relações internas para compor uma nova atmosfera e um novo fluxo de trabalho.

Interpretar para tomar decisões

A relevância do big data na tomada de decisões se concretiza a partir dos insights gerados pela liderança e seus times. Fazer as perguntas certas após a identificação de megatendências e tendências faz parte do processo de criar e projetar o futuro.

A equipe liderada precisa ser estimulada a partir das perspectivas trazidas pela análise dos dados estatísticos, sendo o líder do futuro o responsável em criar essa dinâmica, de ser o grande questionador, instigando os profissionais e tornando o processo de criação o mais aberto e colaborativo possível.

Avaliar as alternativas e trabalhar em cima da gestão de risco, torna-se um processo diário, a partir do acompanhamento das etapas de implementação e do monitoramento dos dados e acontecimentos externos que podem influenciar o curso das ações em andamento.

Alternativas para ser o líder do futuro

A dinâmica do mercado — apresentada pela expectativa do papel do líder do futuro — deixa claro que, mesmo o mais experiente dos gestores precisa se reinventar e atualizar a forma de comando com a qual atua.

Programas de capacitação focados em liderança, a partir de didática que valorize a mentoria, trabalhe o conhecimento prático a partir de metodologias e análises de situações reais, facilitam esse processo de transição.

É impossível esperar que o líder do futuro não seja o primeiro a ter a iniciativa de aprimoramento em meio a todas as transformações corporativas apontadas no artigo.

Assim como as empresas, os profissionais precisam se planejar para manter a própria relevância e o espaço que ocupam no mercado de trabalho.

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