Atores sociais como empresas, fundações e institutos privados tomam a frente em projetos para promover o desenvolvimento sustentável da sociedade através de business models. Entenda:

O Investimento Social Privado (ISP) é o repasse espontâneo de fundações, institutos e empresas do setor privado para projetos sociais, ambientais e culturais.

O diferencial dele está na maneira como os valores são empregados, sendo de forma organizada, planejada e monitorada em recursos, ações e resultados.

No entanto, ainda que bem estruturadas, as demandas do mundo VUCA têm desafiado as empresas que atuam com o ISP, forçando a reorganização da forma de trabalho.

Hoje há a necessidade das empresas repensarem o relacionamento com stakeholders, a fim de que se mantenham relevantes e gerando impacto social.

Assim, as alternativas de business models visam aumentar a probabilidade de impacto de suas ações, seja no campo da influência em políticas públicas, mobilização de diferentes atores, intervenções na educação, entre outras.

A partir deste post você confere as possibilidades para otimizar a utilização de tais recursos, alavancando os resultados, fortificando tais ações à cultura da empresa e também no valor percebido pelos clientes através da divulgação dos objetivos conquistados.

Business models em prática

Para realizar as alterações necessárias, é preciso que a gestão passe a atuar de acordo com a liderança criativa, que leva os conceitos do design para a administração.

A partir dos novos fundamentos se busca uma visão holística para resolver os desafios empresariais sob as mais variadas demandas e perspectivas que se pretende solucionar.

Tendo conhecimento disto, conheça abaixo os comportamentos necessários para a implementação satisfatória, em um processo que também necessita do desenvolvimento de liderança para este novo mindset.

Abertura para o novo

A essência da inovação no modelo de atuação é que não se sabe de antemão o que ela será.

Portanto, no início de qualquer desafio, reconhecemos que não sabemos a resposta e ficamos abertos a novas ideias que ainda não estão nem mesmo na estrutura do nosso pensamento atual.

A abordagem requer que a organização se comprometa com uma jornada cujo destino desconhece. O trabalho do designer em um mundo complexo passa a ser de criar ou ajustar conexões entre coisas que antes eram desconexas.

Empatia com as partes interessadas

Para um designer, a inspiração vem de ver ou ouvir as pessoas.

Guiamo-nos mais pelo modo como eles veem o mundo e menos como os especialistas veem o mundo. Desenvolvendo empatia com as pessoas, somos capazes de criar a partir do ponto de vista delas.

Foco na experiência

As experiências são multidimensionais e requerem uma equipe multidisciplinar para o design. É comum em equipes de design, pessoas com formações tão distintas como biologia, filosofia, engenharia, física e administração.

Prototipagem e aperfeiçoamento

Os designers fazem protótipos para aprender, aperfeiçoar e depois implantar: o protótipo é a linguagem da experiência. Quando a gente se depara com a incerteza, muitas vezes é mais rápido e barato construir um protótipo e executar o experimento para descobrir.

Um protótipo é o modo como se capta corretamente a ideia e como se ajuda uma organização a entender o que vai ser feito, para conseguir o apoio necessário.

E, por fim, se deve escolher qual dos business models mais se adequa à empresa.

Novas fontes de financiamento

O ISP também pode ser financiado por indivíduos, além das organizações citadas. No entanto, a forma de reunir recursos é que tem trazido a inovação.

O crowdfunding, em que um grande número de pessoas doa um valor relativamente baixo (geralmente facilitado por um ambiente online) para um determinado programa é um deles.

Este modelo faz com que ser investidor social privado fique ao alcance de um novo segmento de pessoas, cujos recursos financeiros são abaixo do nível de investidor privado tradicional.

Por outro lado, assistimos a práticas como o payroll giving, que se baseia na folha de pagamento e isenções associadas. Tal formato estimula a cultura de doação. E também há o processo paralelo da sofisticação das ferramentas que o tornam possível.

Ações relacionadas a políticas públicas

Associar as escolhas de ações do ISP com políticas públicas faz com que a atuação ganhe escala e eficácia.

Assim, se por um lado o foco de atuação do ISP complementa ou substitui a atuação governamental nas diferentes áreas como educação, por outro lado encontra um aliado no governo para amplificar o seu impacto e continuidade.

E é exatamente essa descontinuidade de alinhamento com políticas públicas que enfraquece o impacto do ISP, sendo que se deve buscar a colaboração em rede pública e privada.

Tecnologias emergentes

A sociedade como um todo está atenta a qualquer indício que possibilite a compreensão do futuro, uma vez que tecnologias como automação, internet das coisas, inteligência artificial e big data prometem ter papel cada vez mais presente e impactante no cotidiano.

As ações feitas com ISP deve estar atenta a tais tendências, tendo em vista os benefícios e adaptações que podem gerar para as iniciativas que tem como prática o planejamento.

Projetos de impacto no público

A atuação social da organização deve estar diretamente ligada aos seus valores e cultura empresarial. Desta forma, o relacionamento e fidelização com os clientes se tornam mais fortes, uma vez que a marca põe em prática ações que têm a simpatia e tocam assuntos de preocupação dos clientes.

Desta forma, o ISP também se torna mais articulado e integrado ao presente e futuro da empresa, pois passa a ser trabalhado de forma estratégica.

Tendências e aceleração

O foco no futuro não é mais uma promessa, mas uma demanda crescente nas posições de gestão. As ações de ISP também precisam do olhar atento para o amanhã, antecipando situações e soluções.

Observar tendências significa fazer o acompanhamento dos movimentos, tendências, indicadores e práticas da sociedade. Isso é possível por meio de múltiplos canais (físicos e virtuais) e mídias que potencializam as ações.

Nesta mesma linha de trabalho, projetos e startups podem ter em andamento a resposta buscada pela empresa, fazendo mais benéfico o investimento e parceria com tais iniciativas para atingir de maneira satisfatória os objetivos traçados.

Advocacy e think tank

O advocacy tem nas causas, legislação e regulamentações o campo fértil para ideias e intervenções de melhoria. Atuar nessa área significa lutar para melhorar de forma consistente os problemas, demandas e circunstâncias do setor em que atua ou nas dores que impactam diretamente o público da marca.

Para tanto é preciso se valer do know-how de redes (inteligentes), de maneira rápida e
eficientemente para articular posicionamentos das partes interessadas e mobilizar atores em defesa de determinados pleitos.

O think tank, por sua vez, trabalha com produção e disseminação de conhecimento orientado a produzir posicionamentos e recomendações de políticas.

Ao optar por este, entre os demais business models, é necessário incorporar cada vez mais conhecimento cocriado, com especialistas e com diferentes stakeholders a partir de redes de conhecimento nacionais e internacionais.

Profissionalização

Pauta contínua do país, atuar na formação de novos profissionais também é demanda relevante do ponto de vista do ISP.

Para tanto, deve-se considerar as tecnologias digitais de ensino à distância, buscando aderir métodos efetivos para uma aprendizagem significativa.

E tendo conhecido todas as alternativas de business models apresentadas é possível perceber que todas elas podem ser complementares e acontecer de forma simultânea na organização, abrangendo de maneira ampla os diversos pontos de interesse, sendo necessário avaliar e planejar de acordo com a realidade de cada corporação.

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