Importante para tornar as empresas bem sucedidas e valorizadas perante o mercado e os profissionais, a liderança estratégica é a atuação polivalente do gestor que garante tanto resultados imediatos quanto a sustentabilidade do negócio.
A importância deste modelo vem da realidade competitiva em que a adaptação e a criação de valor são pontos determinantes para a relevância e conquista de espaço no mercado.
A partir deste artigo será possível conhecer as características deste estilo de gestão, bem como entender como atuar de acordo com as diretrizes dele.
É a atuação do líder que promove autonomia aos colaboradores ao permitir que tomem decisões diárias mediante a adesão de uma cultura empresarial forte, refletindo positivamente na experiência de consumo do cliente.
Com ela a empresa mantém relevância atual e futura, pois garante operações diárias satisfatórias por meio dos funcionários enquanto a alta liderança se volta para as questões estratégicas e financeiras de maneira articulada.
Existem dois estilos de liderança tradicional: gerencial e visionária. A liderança estratégica, por sua vez, se caracteriza não somente pela união, como no aprimoramentos das atuações clássicas.
A mais comum entre as organizações é a liderança gerencial em que o pragmatismo e as decisões são centradas em resolver pontos específicos a partir de postura conservadora.
A falha dele está na falta de perspectiva a longo prazo da empresa, pois ao ser pontual nas escolhas perde a visão abrangente e também as oportunidades de mercado que mudam o curso das empresas.
Isso porque as metas estão focadas em atestar o passado e priorizam a diminuição de custos ao invés de buscar novas conquistas do ponto de vista de posicionamento.
Sistemático, a linha de pensamento da liderança gerencial é linear e gosta de ter a responsabilidade sob suas mãos, estando a par das operações diárias.
Enraizado no status da liderança, a troca de ideias do profissional que segue esta linha é feita de acordo com o cargo ocupado pelos demais profissionais, sobre os quais tem influência.
Incentiva o conhecimento explícito (por canais tradicionais de aprendizagem como livros, artigos, cursos) e também o trabalho colaborativo para o desenvolvimento de estratégias.
Já a liderança visionária, disruptiva e altamente voltada à estratégia da inovação, peca por se desconectar das terrenas situações empresariais por estar comprometida com o que acredita ter de ser desenvolvido.
Este perfil valoriza ideias na criação de novas soluções, tendo o tipo de pensamento não linear. É interativo e compreensivo com alta capacidade de persuasão.
Tende para o alto risco e possui características multifuncionais, além de integrar os colaboradores, uma vez que acredita no conhecimento tácito (aprendido a partir de experiências).
Contudo há qualidades fundamentais nos dois estilos que são preservados na liderança estratégica, ainda que as desvantagens de cada abordagem esteja clara.
A assertividade da liderança gerencial e a criatividade e inovação da visionária são características fundamentais para as corporações.
Para que a liderança estratégica funcione efetivamente é preciso haver consenso entre todos os níveis hierárquicos da corporação sobre o entendimento da estratégia e cultura empresarial, que surgem a partir do planejamento estratégico.
Durante a execução estratégica o líder está atento ao desempenho e resultados das ações de maneira a perceber possíveis situações de melhoria — as analisa sob diversas perspectivas — e então fazer ajustes estratégicos.
Aqui fica evidente a flexibilidade da liderança estratégica, que é fomentada a partir da abertura para o erro e análise multidisciplinar sobre o que precisa ser verificado.
No entanto, nas empresas em que esta não é a realidade estabelecida alguns passos são indicados para sustentar a mudança cultural e de postura para obter as atuações profissionais pretendidas.
A partir da definição do posicionamento e dos valores defendidos pela empresa é possível criar um programa de desenvolvimento interno.
Nele a empresa deve capacitar lideranças, a fim de dar as ferramentas e desenvolver competências que fortaleçam os profissionais e, por consequência, a assertividade de ações e decisões cotianas, tornando a corporação mais consistente.
Estruturar o processo em recursos, etapas e habilidades forma o escopo necessário para capacitar os funcionários, mostrando o benefício gerado para todas as etapas da cadeia, oferecendo experiências positivas, tanto de compra quanto profissionais.
E após a efetivação das fases é importante manter o monitoramento para realizar feedbacks que proporcionem desenvolvimento contínuo a esses profissionais que também são promotores do aprimoramento das equipes.
Assim a liderança estratégica consegue orientar a realidade das empresas para os resultados, em que os funcionários tomam decisões pró-ativas e atuam de forma a promover a sustabilidade financeira atual da empresa.
Em ação simultânea há a estratégia de inovação em que erros são tolerados e interpretados como meios e aprendizado e aprimoramento na busca por novas e melhores soluções e caminhos para o futuro da empresa, em que análise financeira existe, mas não prevalece sobre a estratégica.
A produtividade e consistência empresariais são conquistas possíveis deste modelo: as diferentes camadas da empresa estão empoderadas e alinhadas sob um mesmo objetivo, além da empresa não ser dependente do líder da alta gestão, mas este ser um articulador e facilitador que promove a sustentabilidade estratégica.
Um estudo publicado da Harvard Business Review em 2013 teve como amostragem mais de 20 mil executivos para levantar quais as características necessárias à liderança estratégica.
No artigo é enfatizado que a presença de algumas características não substituem as que são ausentes, fazendo com que seja necessário ao profissional o desenvolvimento das que lhe faltam para ser um líder estratégico completo, munido de todas as ferramentas para atingir os objetivos da organização.
Conheça quais são e as razões que justificam a importância de cada uma delas abaixo.
A dinâmica do mercado obriga os gestores estratégicos a se manterem a par em tempo real com os acontecimento que o influenciam.
Utilizar diversas fontes de informação como eventos e congressos (do setor e correlacionados), pesquisas (publicadas ou contratadas) e manter ativada a rede de networking — parceiros, clientes e fornecedores — é fundamental para evitar surpresas, antecipar situações e tomar providências.
O monitoramento da concorrência, principalmente em casos de destaque em crescimento, e também dos clientes perdidos, ao entender as razões, também são primordiais para manter o termômetro e diagnóstico corretos sobre o contexto do mercado e o interno.
Perspectivas distintas põem a prova as decisões tomadas ou em discussão. O enriquecimento do debate e a humildade de reconhecer e implantar ideias melhores do que a do próprio líder são fundamentais para que os resultados da empresa sejam atingidos.
Para tanto, durante as reuniões, é preciso integrar perfis profissionais (e não somente setoriais) diferentes, com destaque ao questionador que pode se tornar um avaliador sazonal para analisar e questionar as escolhas da própria empresa.
O feedback interno sobre as decisões tomadas para entender a influência que exerceram nas diferentes realidades das operações, bem como ponderar repetidamente o porquê de cada escolha são atitudes que favorecem o questionamento.
Ao colocar em prática as duas habilidades anteriores é necessário separar o que é relevante do que não é, bem como saber o que fazer com as informações úteis, fazendo da interpretação um dos requisitos da liderança estratégica.
Intercalar a visão macro com a micro, bem como sustentar afirmações com indicadores, dados complementares e investigar possíveis razões para as afirmações podem trazer insights e lucidez para as escolhas.
Sair no ambiente com pressão e ponderar as opções em clima neutro é outro exercício que pode favorecer a interpretação.
E então chega a hora de bater o martelo. Diariamente — sob pressão ou com maior tempo para análise — a decisão é tarefa constante de qualquer gestão.
Na liderança estratégica, no entanto, a diferença está nas boas práticas que visam mitigar a impulsividade ou negligência frente a necessidade de escolha.
Testar hipóteses antes de assumir projetos inteiros, por exemplo, mostra que validar as opções é o melhor caminho para diminuir riscos, assim como fracionar grandes tomadas de decisões.
Instigue mais opções do que somente as apresentadas (e utilize as habilidades de interpretar e questionar), ao incentivar a equipe boas soluções que nem existiriam tem condições de surgir.
Entender que a projeção é fator determinante para as decisões, o que faz dos critérios para medidas de curto prazo não serem os mesmos para o de longo prazo.
Não deixe as convicções de lado e ao decidir, delegue a ação para profissionais os profissionais que mais têm condições de contribuir para o sucesso dela.
A capacidade de fazer com que todos os membros tenham o mesmo entendimento sobre determinado assunto é trabalho tão difícil quanto necessário.
A partir do alinhamento o poder de articulação e persuasão são fortemente favorecidos, ao passo que esclarece ruídos e mitiga resistências que, na maioria das vezes, acontecem por falta de comunicação.
Portanto o contato constante e de forma clara — todas as precauções para evitar equívocos — com os diferentes profissionais e setores envolvidos é indispensável a fim de não isolar nenhuma área e promover o sentimento de pertença e compartilhamento das decisões.
Contudo, mesmo com todas as boas práticas em execução haverá obstáculos que precisam ser identificados e solucionados a partir de esforços de articulação e negociação, além de constante monitoramento mesmo após possível entendimento.
Quando o entrave se der com profissionais específicos a conversa direta aliada as demais habilidades da liderança estratégica devem fazer a diferença para o encontro de um consenso.
Todas as ações, principalmente as não tão bem sucedidas, são fontes de conhecimento para a liderança estratégica que se encarrega de valorizar cada insight possível para se aproximar de ações e soluções assertivas.
A cultura empresarial tem papel determinante para que a aprendizagem seja um valor praticado no dia a dia das operações.
Os colaboradores precisam ser estimulados e reconhecidos dos esforços que realizam para trazer inovações e diferenciais para a empresa, ainda que o resultado não tenha chegado ao ápice.
As lições absorvidas pela gestão como desenvolvimento devem ficar sob o conhecimento de todos os membros, bem como as razões das escolhas de implementação ou não para que sejam incentivados a aprimorar.
Valorizar as atuações e iniciativas de quem exerce os valores corporativos, que trazem contribuições e questionamentos ricos para as discussões, também são ações básicas a fim de ter insumos com os quais a liderança estratégica consiga trabalhar inovação e melhorias contínuas.
Aderir a liderança estratégica para a atuação profissional é o caminho de quem pretende se destacar no mercado com resultados e valorização da empresa acima da média.
Ainda que as habilidades necessárias para bem executar este modelo de gestão sejam muitas, elas são possíveis de serem trabalhadas e dominadas.
Programas de capacitação especializados em gestão estratégica são ótimas fontes de conhecimento para trabalhar as competências necessárias em tempo e qualidade satisfatórios.
Metodologias específicas também beneficiam este estilo de liderança, como é o caso do balanced scorecard por meio da principal ferramenta de implantação que é o mapa estratégico.
No entanto, dentre as opções disponíveis no mercado, atente-se à experiência dos profissionais docentes, tanto em tempo quanto em tipos e porte de empresas na qual atuaram ou prestaram serviços, pois o know-how de quem executou ativamente a gestão estratégica agrega muito a estas opções de capacitação.
A praticidade de ingressar nos módulos de forma assertiva sem precisar por uma extensa grade e os temas abordados em cada um deles também são pontos de atenção.
Aqui foi possível entender as características e as possibilidades de aprendizado sobre a liderança estratégica, agora basta não perder o foco e manter-se obstinado a liderar o curso da sua carreira!
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