A inovação empresarial é a decisão estratégica das corporações que querem garantir seu espaço e competitividade.

O mercado atual tem por característica a concorrência predatória, realidade que torna urgente o desenvolvimento de diferenciais competitivos.

Produtos e soluções similares acarretam em briga por preço, o que nunca é um bom negócio. Outra situação possível é a substituição, dado o avanço de tecnologias como IoT (Internet das Coisas), automação, BlockChain, Business Intelligence (BI) e outras.

Segundo pesquisa global da CB Insights, 48,4% dos 677 executivos consultados, afirmam que as companhias que lideram estão fortemente ameaçadas por tecnologias emergentes e por pequenas empresas, as famosas startups.

Incoerente com o contexto acima, a realidade é que 89% dos CEO’s concordam que a organização que gerenciam deveria investir mais em inovação, de acordo com pesquisa mundial da Rimini Street com mais de 900 participantes.

O que é inaceitável, pois a adesão à inovação empresarial traz, em média (podendo exceder), 14% em aumento na receita anual e 12% de redução nos custos, o que impacta positivamente na métrica de retorno de investimento (ROI), como aferido pela Rimini Street.

Neste artigo você passará a entender o papel da inovação frente a esta realidade, além de focar a atenção no que realmente importa para poder colocá-la em prática!

O que é inovação empresarial?

Acima de tudo a inovação empresarial é uma decisão estratégica que deve ter o apoio e o comprometimento da alta gestão.

Ela tem potencial para trazer resultados expressivos para as organizações, como:

  • Aumento de produtividade;
  • Maior competitividade;
  • Comercialização rápida;
  • Crescimento da receita;
  • Diminuição dos custos;
  • Aumento na satisfação do cliente.

No entanto, as empresas estão focadas em inovações incrementais (que visam melhorias nos produtos já existentes), enquanto são ameaçadas por soluções disruptivas que tem potencial transformador. É como enfrentar bazuca com estilingue.

Para ratificar, a pesquisa da CB Insights aponta que 84,9% dos líderes reiteram o papel da inovação, classificando-a como muito importante, mas 78% dos consultados estão focados em incrementos.

O ideal é que haja o desenvolvimento simultâneo dos dois tipos de inovação, sendo o incremento para a curto e a médio prazo e a disrupção para longo prazo. A partir delas se busca a manutenção e a construção da sustentabilidade e relevância de mercado.

Este processo tem o desafio de associar boas ideias a custos factíveis, margens lucrativas e aceitação por parte do público. Nenhuma das etapas é fácil de cumprir, ainda mais quando o mercado continua dinâmico, trazendo fatores novos a serem considerados a todo tempo.

A inovação empresarial é consequência de trabalho consistente. Para superar as barreiras, siga as dicas a seguir.

1. Apoio do Conselho Administrativo

Há índices que demonstram a dificuldade dos gestores estratégicos em conseguir implementar a inovação empresarial, sendo a resistência a principal delas, direta ou indiretamente.

Na pesquisa da CB Insights, 76% dos executivos afirmam falta de apoio do conselho para investimentos substanciais em inovação; 77% apontam que os recursos estão sendo aplicados em gastos banais; e 76% tem na infraestrutura instalada a barreira para a inovação.

Para enfrentar essa realidade é preciso esclarecer o cenário, através de análises estratégicas e dados do mercado, das tendências e dos resultados de empresas reconhecidamente inovadoras.

O livro A Estratégia do Oceano Azul reforça que se tenha alguém confiável dento da gestão que garanta, com antecedência, a informação clara sobre quem será a favor e quem é contra, a fim de investir energia para criar meios de convencimento ou anular a influência negativa.

2. Inovação empresarial no planejamento estratégico

Como parte da construção do futuro que precisa de medidas progressivas para se tornar realidade, é indispensável que as ações focadas na inovação empresarial estejam detalhadas no planejamento estratégico.

Assim, é recomendado que esta etapa passe por negociação de orçamento e pela construção do futuro desejável para a organização a partir da definição de objetivos que contribuam com todas as tarefas/processos que serão implementados.

3. Cultura organizacional focada no desenvolvimento

Conquistar a inovação com capacidade de trazer o retorno desejado pelas grandes companhias é consequência de diversos acertos e erros.

Este processo precisa ser amparado pela cultura organizacional de forma a estimular a tentativa e o constante aprimoramento, além de reconhecer os esforços, pois, do contrário, inibe as iniciativas e, por consequência, há baixo engajamento e insuficiente contribuição dos colaboradores.

A abertura e cooperação entre as áreas também é um grande facilitador. A correlação pode ser fomentada a partir do desdobramento estratégico, em que é possível notar que a conclusão de uma etapa facilita a seguinte, ainda que em áreas distintas, mantendo o foco de todos dentro de um objetivo comum.

Aqui fica claro, também, que este é um compromisso da organização. Todos os colaboradores precisam estar alinhado com os objetivos estratégicos, saber dos avanços e, de acordo com a atuação que realiza diariamente, promover a inovação cultural.

4. Conhecimento sobre o cliente

É preciso gerar valor para os clientes, sejam eles integrantes de um público já conhecido ou novo. As pessoas insatisfeitas são boas fontes para melhorias, enquanto a observar os demais traz dados para o desenvolvimento de novidades.

A ideia de ter detalhes sobre o estilo de vida, escolhas, experiências desejadas, desafios diários, situações a que estão submetidos é fundamental para encontrar as brechas e os insights para desenvolver novas soluções que façam sentido.

5. Parcerias com instituições

Encontrar instituições de ensino, de pesquisa e até mesmo de consultoria para fazer parcerias é alternativa para alavancar o processo de inovação empresarial.

Esta decisão demonstra o empenho da empresa, pois mostra a humildade dela em reconhecer que não consegue dar todas as respostas que o mercado exige e estar aberta a aprender.

Ter acesso ao know-how de quem está focado há mais tempo em determinado assunto ou que tenha melhores condições de contribuir com necessidades específicas, otimiza tempo e traz desenvolvimento para todos os envolvidos.

6. Aquisição de empresas

As startups estão em alta e tiram o sono de muitos executivos de anos de mercado. No entanto, elas não precisam ser vistas como ameaça quando na verdade são fontes de inúmeros recursos.

A aquisição de empresas cuja solução tenha alto poder transformador, deve ser realizada como parte do processo de desenvolvimento. Infelizmente há diversos exemplos de tentativa de retardar o inevitável, ao limitar a continuidade dos projetos após a compra.

Ao contrário disso, a aquisição deve refletir exatamente o que é: trazer para dentro da empresa algo que ela não possui.

Em seguida há o processo de aprimoramento através dos benefícios e conhecimento que a corporação possui. Este processo acontece de forma conjunta e não se resume em apenas terceirizar a inovação de uma companhia.

7. Modelo de gestão eficiente

Todos os fatores anteriores são infrutíferos se não houver a atuação efetiva da gestão estratégica para orquestrar todos eles.

O modelo de gestão Balanced Scorecard (BSC), nesse contexto, aparece como metodologia que auxilia o líder a manter a comunicação alinhada entre todos os níveis da empresa, bem como a monitorar o desenvolvimento das ações e realizar mudanças necessárias.

Desenvolvido a partir do desdobramento da estratégia a longo prazo em objetivos de médio e curto prazo, o BSC classifica as ações de acordo com as quatro perspectivas principais das empresas (financeiro, clientes, procedimentos internos e inovação) e as organiza através de um mapa estratégico.

O mapa estratégico é o ponto de encontro para planejar, acompanhar e demonstrar os resultados dos objetivos estratégicos. Ele proporciona clareza e entendimento das informações, promovendo o engajamento e alinhamento necessários para atingir a inovação empresarial.

Para saber mais sobre a metodologia balanced scorecard e como implantá-la, clique aqui ou assine a nossa newsletter e receba mais artigos sobre gestão estratégica e ferramentas de administração!


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